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Atirador do cinema do Morumbi Shopping pode ser solto, após 20 anos

Preso em Salvador (BA), Mateus da Costa Meira matou 3 pessoas durante exibição do filme Clube da Luta

Por Da Redação
Ás

Atirador do cinema do Morumbi Shopping pode ser solto, após 20 anos

Foto: Reprodução

O baiano Mateus da Costa Meira, de 44 anos, poderá deixar a prisão - beneficiado por um laudo médico – 20 anos após executar três pessoas, ferir outras quatro e levar pânico a mais uma dezena, ao disparar com uma submetralhadora dentro de uma das salas do cinema no Morumbi Shopping, em São Paulo, no dia 3 de novembro de 1999.

Recluso no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador (HTC), da capital baiana, ele foi submetido a um exame de verificação de cessação de periculosidade com a finalidade de se estabelecer a viabilidade de o presidiário retornar à vida em sociedade.

E de acordo com o resultado da análise, Mateus "encontra-se compensado, funcional, sem qualquer alteração de comportamento que indique periculosidade". Todavia, o Ministério Público baiano solicitou que o exame seja refeito.

Em nota, o Ministério informou que não iria se manifestar quanto ao resultado do primeiro exame por se tratar de uma "questão privada relativa à saúde do preso", mas que aguarda a realização de novo teste para ter mais segurança sobre o resultado.

Relembre o caso

O crime foi cometido durante a exibição do filme norte-americano "Clube da Luta". Após comprar ingresso para a sessão, o então estudante do sexto ano de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi até o banheiro do cinema, tirou uma submetralhadora americana 9 mm da bolsa e retornou à sala, onde disparou indiscriminadamente em direção aos espectadores.

Morreram no massacre a fotógrafa Fabiana Lobão Freitas, de 25 anos, a publicitária Hermé Luísa Jatobá Vadasz, de 46, e o economista Júlio Maurício Zeimaitis, de 29. Sofreram ferimentos a engenheira agrônoma Andrea Cury Lang, o produtor de cinema Carlos Eduardo Porto de Oliveira, o engenheiro Antônio José Carvalho de Amaral Martins e José Eduardo Andrade da Silva.

Mateus foi preso em flagrante e, cinco anos depois, levado a júri popular no Fórum Criminal da Barra Funda. 

Novo crime

Exatamente dez anos depois do crime, Mateus esfaqueou um companheiro de cela na Penitenciária Lemos Brito, na capital baiana. No entanto, o ex-estudante de medicina foi considerado inimputável pela tentativa de homicídio do espanhol Francisco Vidal Lopes, de 68 anos, que cumpria pena por tráfico de drogas, em quem desferiu vários golpes de tesoura na cabeça.

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