Autoridade do Hamas diz que grupo vai se desarmar se Israel concordar com Estado Palestino
Khalil Al-Hayya disse que grupo formaria um governo unificado, com trégua de 5 anos ou mais
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O grupo terrorista Hamas está disposto a abandonar as armas e impor uma trégua de cinco anos ou mais, se Israel concordar com a criação de um Estado Palestino independente. A afirmação foi feita por Khalil Al-Hayya, uma alta autoridade política ligada ao Hamas.
Em entrevista à Associated Press, publicada nesta quinta-feira (25), Khalil Al-Hayya disse que, nesse cenário, o Estado da Palestina seria estabelecido baseado nas "fronteiras pré-1967", ou antes da Guerra dos Seis Dias.
Contudo, apesar do indicativo de desarmamento, é pouco provável que Israel considere a negociação, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou ser contrário à criação de um Estado Palestino.
Al-Hayya afirmou que o Hamas deseja aderir à Organização para a Libertação da Palestina — atualmente liderada pelos rivais do Fatah — e criar um governo unificado para a Faixa de Gaza e Cisjordânia.
"Todas as experiências das pessoas que lutaram contra ocupantes, quando se tornaram independentes e obtiveram seus direitos e seu Estado, o que essas forças fizeram? Elas se tornaram partidos políticos, e suas forças de defesa se tornaram o exército nacional", disse ele.
“Se eles não conseguem acabar [com o Hamas], qual é a solução? A solução é chegar a um consenso", questionou.
Cessar-fogo
Durante a entrevista, Al-Hayya ainda negou que o Hamas não esteja levando a sério as negociações para um novo acordo de cessar-fogo, travado há meses.
O político afirmou que o Hamas tem feito concessões em relação ao número de reféns que poderia libertar. Por outro lado, demonstrou desconfiança.
"Se não tivermos a certeza de que a guerra vai acabar, por que entregaríamos os prisioneiros?" disse se referindo aos reféns restantes.