Auxiliares de Bolsonaro presos há três meses, pedem celeridade ao STF em julgamento de liberdade
As solicitações já foram feitas pelos advogados dos auxiliares
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Os auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro, mantidos há três meses em prisão preventiva por suspeita de envolvimento em fraudes nos certificados de vacinação contra a covid-19 pediram ao ministro Alexandre de Moraes do STF que permita o julgamento dos pedidos de revogação das prisões na Primeira Turma ou no plenário.
Os advogados do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e dos ex-seguranças Max Guilherme e Sérgio Cordeiro realizaram o pedido ao ministro, que ainda não decidiu se acata ou não. Na segunda-feira passada (7), a defesa de Sérgio Cordeiro reiterou seu pedido a Moraes, expressando preocupação com a demora no julgamento do recurso.
"Eminente ministro relator, uma vez amplamente demonstrada a injustificada morosidade na prestação jurisdicional, em caso em que o peticionário se encontra preso cautelarmente há mais de três meses, em nome da consagrada garantia constitucional da duração razoável do processo, requer digne-se Vossa Excelência (...) incluir o agravo regimental protocolizado por esta defesa na próxima sessão de julgamento a fim de que o órgão colegiado se manifeste", dissera, Christiano Kuntz e Eduardo Kuntz, advogados de Sérgio Cordeiro, em petição enviada ao STF.
Os advogados de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, argumentaram ao STF que os diálogos encontrados em seu celular, que envolvem supostas discussões sobre golpe de estado com militares, aconteceram no ano passado e, portanto, não seriam justificativa para a prisão atual.
"(Mauro Cid) não detém o poder de influenciar e/ou tumultuar as investigações em andamento, tampouco encobrir os ilícitos que lhe são imputados ou destruir provas, não havendo que se falar, portanto, em atualidade do risco", afirma a Defesa de Mauro Cid.