Avaliamos o Hyundai Creta 1.6 Pulse Plus
Crossover tem desempenho satisfatório e bom espaço interno
Com quase cinco anos de mercado e à espera de uma nova geração não se pode negar que o Creta é um sucesso de vendas.
Com bom espaço interno, herança de outros produtos da marca, e mesmo com preço acima dos seus concorrentes é um crossover competitivo. Fabricado sob a plataforma do Elantra e equipado com a motorização 1.6 Gamma 123cv (gasolina) ou 130cv (etanol) com 16,5kgfm de torque, o mesmo usado no HB20 mas em um carro bem mais pesado, ele traz itens de comodidade como multimídia, câmbio automático de seis marchas, câmera de ré e chave com controle. É o "básico moderno" em termos de itens de série que por R$ 94,9 mil tem cinco anos de garantia, algo único no segmento.
O Creta 1.6 tem cinco anos de garantia algo único no segmento dos crossovers compactos e valor das seis primeiras revisões de pouco mais de R$ 2 mil com preço fixo estipulado no site da montadora. Na verdade o Caoa Chery Tiggo 2 tem o mesmo tempo de garantia mas um valor de revisões muito mais alto, R$ 4.100 até os 60 mil km rodados.
O Creta Tem 4,27m de comprimento e 2,61m de entre-eixos o que lhe dá o título de maior da categoria mas certamente o de espaço melhor aproveitado. Na frente o painel é mais baixo e amplia a sensação de espaço e no banco traseiro o conforto é evidente com a boa inclinação do encosto.
Alem do motor 1.6 o Creta Pulse Plus tem chave presencial com alarme, ar condicionado digital, multimídia de 7 polegadas, direção elétrica, retrovisores elétricos com rebatimento, sensor de estacionamento, câmera de ré, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, rodas de liga leve diamantadas de 17 polegadas com pneus 215/60 R17 e Isofix além de dois airbags.
O motor Gamma 1.6 aspirado desenvolve até 130cv (com etanol) o que não é pouco mas diante de um veículo de 1.296kg não há muito segredo. Andando sem pressa o desempenho é suficiente mas fica clara a falta de força em ultrapassagens e nas subidas com o veículo carregado e com quatro ocupantes a bordo. As retomadas de 80-100km/h nas estradas mostra que falta fôlego ao motor 1.6 mas em percursos urbanos e sem muita pressa o Hyundai se mostra valente e silencioso boa parte do tempo.
Durante o nosso teste alcançamos a média de 7,0km/litro na cidade e até 8,9km/h na estrada usando sempre etanol, com carro geralmente com duas pessoas e alguma bagagem. Não é pouco mas certamente fica abaixo de motores mais modernos turbinados, algo que o Creta já poderia ter inclusive na versão 1.0 turbo com injeção direta usada no HB20.
O que falta?
Pelo preço de R$ 94,9 mil faz falta ao Creta uma luz diurna ou até mesmo um farol em LED. Outro ponto a considerar é a conexão. A multimídia é boa mas com gráficos de baixa resolução e há apenas um ponto de recarga USB no veículo. No banco de trás não há saída de ar condicionado ou pontos de carga para celulares e outros equipamentos. Nesta versão traz apenas dois airbags.
O segmento do Hyundai Creta é altamente competitivo: com motor aspirado 1.5/1.6/1.8 há concorrentes como o recém renovado Renault Duster 1.6, Nissan Kicks 1.6, Jeep Renegade 1.8, Citroën C4 Cactus 1.6, Peugeot 2008 1.6, além de Ford EcoSport 1.5 e Caoa Chery Tiggo 2 1.5. Isso sem mencionar modelos com motor turbo como o atual líder Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross e o estreante Nivus. Na faixa de preço do Creta é possível comprar todos os concorrentes exceto o Renegade igualmente equipados e ainda embolsar algum dinheiro ou ainda versões simplificadas de crossovers turbo na faixa de R$ 90 mil sempre considerando modelos com transmissão automática na faixa dos R$ 90 mil.