Avanço no acordo tributário global
Confira o editorial desta sexta-feira (8)
Foto: Divulgação/Pixabay
A possibilidade de um grande acordo global tributário aumentou notavelmente. Isso porque a Irlanda acenou positivamente para enfim assinar um acordo que visa unificar a taxação de países do G-7 e do G-20.
O acordo tem como objetivo deixar as regras tributárias mais uniformes, e isso no mundo todo, no intuito de se evitar evasões fiscais.
Essa movimentação é crucial porque a Irlanda é, atualmente, vista como ponto chave nessa negociação que se arrasta – é a sede de várias empresas de tecnologia que operam globalmente, já que oferece uma alíquota de imposto corporativo de 12,5%, uma tributação menor que a dos Estados Unidos, por exemplo.
Antes e o ponto que leva a esta possibilidade, a divergência de taxas entre países faz com que muitas empresas escolham onde abrir suas sedes com intuito de pagar menos impostos e ter mais eficácia nos tributos.
Introduzir um imposto corporativo global de "pelo menos 15%" para acabar com os paraísos fiscais e taxar as empresas onde elas geram suas receitas: este big bang fiscal, cujas regras devem ser ajustadas até o fim do ano, pode ser implementado a partir de 2023.
É ainda uma costuma que pode impactar contra multinacionais que costumam alterar seus endereços fiscais para países em que os impostos são menores, de modo que percam o estímulo para realizar esse movimento.