Aviões da Voepass tiveram problemas de explosão e fumaça no motor; empresa administrava aeronave que caiu em SP e deixou 62 mortos
Vídeo e relatório que revelam dois episódios em aeronaves distintas da empresa foram divulgados pelo O Globo
Foto: Reprodução/O Globo
Aviões da Voepass, empresa envolvida no acidente que matou 62 duas em Vinhedo, interior de São Paulo, tiveram problemas ligados à ocorrências de uma explosão e de fumaça no motor.
Os defeito foram revelados em vídeo e documentos divulgados pelo portal O Globo, nesta quarta-feira (14). Nas imagens é possível ver uma labareda saindo do motor de um ATR-62 600 durante uma descolagem no aeroporto de Araguaína (TO), em 4 de dezembro de 2023. A labareda foi provocada por um estol de compressor, uma interrupção ou desordenação do fluxo de ar nos dutos do motor do avião. Após a situação, o voo foi cancelado.
O avião tem 11 anos de operação e já passou por empresas na Índia, Antígua e Barbuda. Atualmente está parado no hangar da aérea brasileira, em Ribeirão Preto, para manutenção programada e preventiva.
Em outro caso, ocorrido no dia 29 de janeiro, o comandante de um avião ATR 72, de matrícula PP-PTM, relatou uma ocorrência de vazamento de óleo, provocando fumaça no motor. A aeronave tem 16 anos de uso, todos voados no Brasil.
A Voepass não se manifestou sobre as ocorrências.
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62 mortos
Nenhum dos ocupantes do voo 2283, que ia de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos, na Grande São Paulo, sobreviveu.
No avião havia 58 passageiros e quatro tripulantes. A Aeronáutica apura as causas da queda da aeronave que atingiu duas residências no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. Não há registro de vítimas entre moradores ou de quem estava no solo.
A Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha as investigações. A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições.