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Bahia empata com Cruzeiro fora de casa e chega a quatro partidas sem vencer

Fernandão, de pênalti, marca para o Tricolor; Raposa tem jogador expulso mas time baiano não aproveita

Por Da Redação
Ás

Bahia empata com Cruzeiro fora de casa e chega a quatro partidas sem vencer

Foto: Gabriel Duarte

O Bahia empatou em 1 a 1 com o Cruzeiro, em partida disputada na noite deste domingo (3), no Mineirão, válida pela 30ª rodada do Brasileirão. Com resultado, o Tricolor segue na nona colocação com 42 pontos, enquanto o Cruzeiro permanece em 16º lugar, com 33 pontos. O time baiano chega a quarta partida consecutiva sem triunfo. Já a Raposa comemora a invencibilidade de oito jogos sem derrota.

Foi uma partida equilibrada entre as duas equipes, que expôs algumas fragilidades de cada time. O Bahia fazia uma partida de muita marcação, mas tinha dificuldade na transição ofensiva em velocidade. Das vezes que tinha oportunidade para engatilhar o contra-ataque em velocidade com Élber e Artur, os demais jogadores não se apresentavam como opção para auxiliar no ataque, impedindo o Tricolor de ser perigoso. Além do mais, a zaga estava mal posicionada em alguns momentos, o que poderia ter custado a derrota parcial, caso os atacantes cruzeirenses tivessem competência para acertar o chute à gol.

O Cruzeiro manteve mais a posse de bola durante a partida e viu que a maneira mais fácil de chegar perigosamente era por meio da bola levantada na área. Foi assim que o clube assustou Douglas três vezes, uma com David aos 12 minutos, e outra duas com Fred aos 24 e aos 29. Esta última o camisa até chegou a marcar, mas estava nitidamente impedido. Chamou atenção negativamente para o Tricolor o fato das chances dos atacantes cruzeirenses estarem completamente livres.  

Dentre as propostas de cada time, o resultado foi justo. Os goleiros não tiveram muito trabalho e as equipes não fizeram por merecer ir para o intervalo com triunfo.

A segunda etapa foi praticamente um retrato da primeira. O Cruzeiro mantinha a posse de bola na maior parte do tempo, mas errava na hora do último passe, possibilitando a defesa do Bahia se organizar e evitar uma chance mais perigosa. Mesmo com as limitações, a Raposa conseguiu assustar com David, aos 5 minutos. O atacante recebeu de fora da área e bateu colocado no canto, rasteiro, mas, Douglas encaixou sem dar rebote.

Já o Bahia seguia na tática de tentar sair no contra-ataque em velocidade, mas as opções no campo de ataque eram quase nulas. Élber e Artur avançavam, mas não tinham opções para ajudar. Aos poucos, o time baiano foi se soltando pelas laterais. Nino Paraíba cruzou boa bola pra Fernandão aos 11 minutos, e o atacante cabeceou sem perigo. A chance de abrir o placar veio aos 17 minutos, quando Fernandão chutou cruzado dentro da área e Orejuela esticou o braço, impedindo a bola chegar no gol. Após consulta do VAR, foi assinalado pênalti e o defensor cruzeirense expulso. O próprio atacante foi pra marca do pênalti e bateu no meio do gol, abrindo o marcador.

Aparentemente, o Bahia achou que o jogo já estava bem administrado e passou a ceder campo para o Cruzeiro. A marcação que antes funcionava de forma mais eficiente, passou a cometer falhas e foi assim, que a Raposa chegou ao gol de empate. Aos 28 minutos, Sassá recebeu livre no meio e chutou de fora da área, marcando um golaço no Mineirão e igualando o placar. No minutos seguinte, aos 29, João Pedro teve boa oportunidade em chute rasteiro de fora da área, que tirou tinta da trave de Fábio.

A bola área verdadeiro tormento do Tricolor na partida quase foi decisiva no jogo logo aos 37, quando Dodô cruzou na área e Thiago Neves, sozinho, cabeceou perto do gol de Douglas. O Bahia não estava morto na partida e também quase conquistou o triunfo aos 40 minutos, quando Rogério viu Fábio adiantado e chutou de longe, mas o goleiro cruzeirense conseguiu se recuperar a tempo e fez boa defesa. No final do jogo, muita correria e pouca técnica decretaram o empate entre ambas as equipes

Panorama do Bahia na partida 

O Bahia poderia ter ido mais longe na partida. A ausência de um meia de ligação fica cada vez mais nítida a cada partida jogada pelo tricolor. Um time de muita marcação também precisa de um jogador que possa oferecer oportunidades aos atacantes e isso não se vê no time baiano, que na transição ofensiva pode até ser um time veloz, mas quando a bola para no meio-campo é um time previsível e facilmente marcado pelo adversário. Talvez o grande problema seja que os jogadores no banco de reservas não tenham a qualidade que a equipe tanto precisa.

Mais uma vez a bola aérea foi um certo pesadelo para o Bahia, o time sofreu em cruzamentos e contou com a sorte para não sofrer mais gols. A incapacidade do time de ser superior inclusive com um homem a mais diante de um Cruzeiro que trocava muitos passes, mas abusava desesperadamente de lançamentos na área do que jogar no chão, merece ser destacada de maneira negativa. Melhor para a Raposa, que dentro das circunstâncias somou um ponto importante na luta contra o Z-4. Já o Bahia lamenta a queda de rendimento e já não vê o G-6 com tanta empolgação. Ao menos é o que o futebol apresentado pela equipe nas últimas quatro partidas aparenta.

A próxima partida do Bahia será agora diante da Chapecoense, na próxima quarta-feira (6), às 21h30 diante da Chapecoense na Fonte Nova. Já o Cruzeiro joga no mesmo dia e horário, contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada.

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