Bahia precisa triplicar investimentos para cumprir meta para Saneamento Básico, diz levantamento
Apenas três estados cumprirão as metes, caso mantem investimento atual
Foto: Reprodução/G1
Um levantamento do Instituto Trata Brasil, organização que monitora avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do Brasil, indicou que a Bahia precisa aumentar em 3,24 vezes o valor do investimento médio anual em saneamento básico, para conseguir atingir as metas da Lei do Saneamento Básico, sancionada em julho. As metas estabelecem que o Brasil precisa chegar a 2033 com 99% de sua população atendida com água tratada e com 90% coleta e tratamento de esgoto.
De acordo com os dados do estudo, que usou dados de investimento e atendimento de água e esgoto do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), a meta de investimento do Plansab e do diagnóstico realizado pelo consórcio formado pela Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto e a companhia holandesa Klynveld Peat Marwick Goerdeler (ABCON-KPMG), mantido o atual patamar anual de investimento, apenas o Distrito Federal, São Paulo e Paraná atingirão as metas.
Na Bahia, o estudo aponta que, até 2018, 82% do estado era atendida com água tratada e 40% com esgoto. O levantamento destaca ainda que o investimento médio anual em água e esgoto no estado, entre 2014 e 2018, foi de R$ 603 milhões e que, para atingir a meta, a Bahia precisará ter uma média anual de R$ 2,012 bilhões entre 2019 e 2033.
Além de DF, SP e PR, em outros sete estados, o estudo aponta que a média histórica de investimentos é relevante, mas abaixo do previsto para a universalização: Pernambuco, Roraima, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Sergipe. O grupo no qual a Bahia está inclusa, junto com outros 15 estados, o estudo aponta que a média de investimentos está muito abaixo da prevista para que a meta seja atingida.