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Bahia registra maior número de casos de chacina entre Norte e Nordeste em período de 35 anos

Cerca de 104 casos foram registrados em território baiano, sendo 46 deles em Salvador

Por Da Redação
Ás

Bahia registra maior número de casos de chacina entre Norte e Nordeste em período de 35 anos

Foto: Divulgação/Prefeitura de Jequié

A Bahia foi o estado que registrou o maior número de casos de chacina entre o Norte e Nordeste no período de 1988 a 2023. Ao todo, foram registradas mais de duas mil mortes em 489 chacinas nas duas regiões do país. Esses dados são de um levantamento realizado em parceria entre a Rede Liberdade e o grupo de pesquisa e extensão Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

A Bahia documentou o maior número dos casos, com 104 chacinas, sendo 46 em Salvador. Os demais casos em território baiano foram registradas nos municípios de Jequié, Lauro de Freitas, Serra Preta, Simões Filho e Vitória da Conquista.

O segundo estado no ranking é o Ceará, com 75 registros, 24 deles aconteceram na capital Fortaleza. Também foram registrados casos nas cidades de Aquiraz, Sobral, Limoeiro do Norte e Maranguape.

O estado do Pará, terceiro lugar do ranking, soma 69 ocorrência, com 22 sendo registradas em Belém. Os demais casos foram identificados em Abaetetuba, Altamirae e Parauapebas.

O levantamento mostra que o maior número dos casos foram registrados em zonas rurais, cerca de 45,4%; nas áreas urbanas foram mapeados 38,4% dos casos; enquanto as regiões intermediárias apresentaram 16,2%.

O Mapa de Chacinas surgiu a partir de estudos sobre letalidade policial e violência de estado dentro da Rede Liberdade.

 

Maior número de casos no Nordeste

O levantamento identificou que das 489 chacinas registradas, 339 aconteceram no Nordeste e resultaram em 1.291 mortes. Na região Norte foram arquivadas 150 ocorrências, com 826 mortes.

A pesquisa ainda revela que embora não exista um perfil racial, os casos costumam atingir as comunidades negras, quilombolas e indígenas de forma desproporcional, que pode ser causado pela falta de monitoramento e responsabilização dos autores.

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