Baiana de Acarajé
Confira o nosso editorial desta quinta-feira (25)
Foto: Divulgação/Ipac
O Dia Nacional da Baiana de Acarajé é comemorado anualmente em 25 de novembro. A data homenageia a importância histórica e cultural da figura da baiana do acarajé, nome dado às mulheres que se dedicam na produção e venda dessa iguaria típica da Bahia. A baiana é um dos ícones mais populares não só do estado, mas do Brasil como um todo.
Além deste título, em 2012, as baianas ainda foram reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Bahia e Patrimônio Cultural de Salvador. A Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia (Abam) é a entidade que regula a profissão das quituteiras.
Este bem cultural de natureza imaterial, como ressalta o órgão, é uma prática tradicional de produção e venda, em tabuleiro, das chamadas comidas de baiana, feitas com azeite de dendê e ligadas ao culto dos orixás, amplamente disseminadas em Salvador.
Dentre as comidas de baiana destaca-se o acarajé, bolinho de feijão fradinho preparado de maneira artesanal, na qual o feijão é moído em um pilão de pedra (pedra de acarajé), temperado e posteriormente frito no azeite de dendê fervente.
As receitas têm origens no Golfo do Benim, na África Ocidental, tendo sido trazida para o Brasil com a vinda de escravos dessa região.
A atividade de produção e comércio é predominantemente feminina, e encontra-se nos espaços públicos da Bahia, principalmente praças, ruas, feiras da cidade e orla marítima, como também nas festas de largo e outras celebrações que marcam a cultura local.
Já a profissão de baiana de acarajé foi oficializada em 1998, com o decreto de lei municipal de Salvador. O Iphan calcula que existam mais de 4 mil baianas cadastradas para vender o quitute na capital soteropolitana.