Balança comercial fecha 2022 com superávit recorde de US$ 62,3 bilhões
Resultado é 1,5% maior do que o índice registrado em 2021
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Dados do governo federal, divulgados nesta segunda-feira (2), mostram que a balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 62,3 bilhões no ano de 2022. Na comparação com 2021, quando o saldo positivo somou US$ 61,4 bilhões, houve aumento de 1,5%. O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Do contrário, o resultado é de déficit. Segundo o levantamento, as exportações somaram US$ 335 bilhões no ano passado. Já as importações somaram US$ 272,7 bilhões.
Exportação
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as exportações, pela média diária, registraram alta de 19,3%, com média diária de US$ 1,3 bilhão (novo recorde da série histórica). O setor econômico com maior crescimento no ano de 2022 foi o agropecuário, que apresentou aumento em valor das exportações, de 36,1% (explicada principalmente pelo aumento de 31,5% nos preços dos produtos básicos, consequência também da guerra na Ucrânia, mas também foi registrada elevação de 1,8% nos volumes embarcados). Já a Indústria de Transformação apresentou aumento do valor exportado de 26,2%.
Os principais produtos exportados foram:
-soja (valor total exportado de US$ 46,7 bilhões e crescimento de 20,8%);
-óleos brutos de petróleo (US$ 42,7 bilhões, com alta 39,5%);
-minério de ferro e seus concentrados (US$ 28,9 bilhões, com recuo de 35,3%);
-óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (US$ 13 bilhões, com alta de 79,5%);
-milho não moído, exceto milho doce (US$ 12,3 bilhões e crescimento de 194,1%);
-carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (US$ 11,8 bilhões, aumento de 48,2%).
Importações
Já as importações, ainda segundo dados oficiais, avançaram 24,3% no ano passado e somaram, pela média diária, US$ 1,09 bilhão. Os principais produtos importados foram:
-adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (US$ 24,8 bilhões, +63,6%);
-óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (US$ 23,6 bilhões, +75,3%);
-válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (US$ 11,5 bilhões, +44,6%);
-compostos organo-inorgânicos (US$ 9,9 bilhões, +55%);
-partes e acessórios dos veículos automotivos (US$ 7,6 bilhões, 5,5%);
-medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (US$ 7,1 bilhões, -12,2%).