Banco do Brasil não será privatizado, mas traria benefícios com isso, diz presidente
Rubem Novaes diz ser a favor da privatização e, que tomou ‘puxão de orelha’ de Bolsonaro por isso
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Foto: Reprodução
O presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, afirmou nesta terça-feira (10) que o presidente Jair Bolsonaro não quer a privatização do BB. Todavia, ele não deixou de fazer considerações sobre os benefícios de uma investida nesse sentido.
De acordo com Novaes, mesmo se o Executivo tivesse posição contrária à atual, a privatização do Banco teria que ser analisada e aprovada pelo Congresso Nacional.
Convidado a participar da audiência, promovida pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, o presidente da Anabb, associação que reúne funcionários do banco, criticou a postura do presidente do Banco do Brasil.
Ao rebater a avaliação, Novaes afirmou que, em geral, quando se fala em privatizar uma companhia há valorização das ações da empresa na Bolsa, a exemplo do que aconteceu com a Eletrobrás. Ainda frisou que, por ser estatal, o banco perdeu este ano "50 executivos de primeira linha", já que não conseguiu cobrir ofertas feitas pela concorrência. Todavia, voltou a enfatizar que a privatização não ocorrerá por determinação do presidente.
"Presidente Bolsonaro deixou claro que não iria privatizar o Banco do Brasil, me deu meio puxão de orelha ali e é isso". "Pelo menos do meu ponto de vista seria vantajoso para o Banco do Brasil, mas nós estaríamos chovendo no molhado porque a decisão está tomada".
Novaes ainda afirmou que, diferente de outros momentos, onde os bancos tinham certa vantagem na administração da folha de pagamento do setor público, desta vez tudo é disputado em condição de igualdade. "Bancos estatais ficaram com todos os ônus e perderam todos os bônus de ser estatal, essa que é a realidade”, afirmou.