Bancos brasileiros podem cobrar taxas por transferências via Pix em determinadas situações
Instituições financeiras têm autonomia para definir regras e valores aplicados nas tarifas
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Foto: Agência Brasil
As transferências via Pix geralmente são gratuitas, porém, há casos em que os bancos podem cobrar taxas sobre essas operações. Desde 2020, o Banco Central autoriza a cobrança, deixando a critério das instituições financeiras estabelecer as regras e valores aplicados.
Pessoas jurídicas podem ser cobradas tanto ao enviar quanto ao receber um Pix, pois essa transação é considerada uma situação de compra. Não há uma tarifa fixa ou limite estabelecido pelo Banco Central, sendo assim, cabe aos bancos determinar se e quanto vão cobrar.
Por outro lado, pessoas físicas, Microempreendedores Individuais (MEIs) e Empresários Individuais (EIs) podem realizar e receber transferências via Pix gratuitamente. No entanto, a cobrança pode ser aplicada nas seguintes situações:
- Utilização de um canal de atendimento presencial (incluindo telefone) quando existem meios eletrônicos disponíveis para fazer o Pix.
- Recebimento de mais de 30 Pix por mês (a cobrança será efetuada a partir do 31º Pix).
- Recebimento de Pix através de um QR code dinâmico.
- Recebimento de Pix através de um QR code de pessoa jurídica.
- Recebimento de Pix em uma conta definida em contrato como de uso exclusivamente comercial.
A seguir, apresentamos as tarifas cobradas por algumas das principais instituições financeiras do país para pessoas jurídicas realizarem ou receberem um Pix:
Caixa: Pessoas físicas e jurídicas podem fazer ou receber Pix gratuitamente no banco. A decisão de cobrar pela transferência PIX realizada por pessoas jurídicas, que estava prevista para iniciar em 19 de julho, foi suspensa por determinação de Lula.
Banco do Brasil: Clientes pessoas jurídicas (exceto MEIs e EIs) podem ser tarifados ao enviar um Pix através de dados manuais ou chave Pix. A quantidade de transferências gratuitas via Pix varia de três a 20 por mês, dependendo do tipo de conta. Acima disso, as taxas são de 0,99% do valor transferido para envio de Pix e 0,99% do valor recebido, com limite máximo de R$ 10 para envio e R$ 140 para recebimento.
Bradesco: O Bradesco cobra tarifas de pessoas jurídicas, conforme determinado pelo Banco Central. Os valores estão disponíveis no site do banco e também nas agências. As taxas são de 1,4% do valor transferido (mínimo de R$ 1,65 e máximo de R$ 9) para envio de Pix, e 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,90 e máximo de R$ 145) para recebimento de Pix.
Itaú Unibanco: O Itaú Unibanco adota tarifas diferentes para envio e recebimento de Pix por pessoas jurídicas. Para envio, a taxa é de 1,45% do valor transferido (mínimo de R$ 1,75 e máximo de R$ 9,60). Para recebimento, a taxa é de 1,3% do valor recebido, com máximo de R$ 150 para transações nas maquininhas ou QR code estático, e mínimo de R$ 1 para QR code dinâmico.
Nubank: No Nubank, as transações via Pix são gratuitas para pessoas jurídicas.
PagBank: No PagBank, as transferências via Pix também são gratuitas para pessoas jurídicas.
Santander: No Santander, há cobrança de tarifas para pessoas jurídicas, exceto MEIs e EIs que são sempre isentos ao enviar ou receber Pix por meio de QR Code estático. As tarifas variam de 1,4% do valor transferido (mínimo de R$ 1,75 e máximo de R$ 9,60) para envio de Pix, a R$ 6,54 para recebimento de Pix via QR code estático ou dinâmico, e 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,95) para recebimento via Checkout ou GetNet.
É importante ressaltar que as informações sobre tarifas podem ser atualizadas pelas instituições financeiras, portanto, é recomendado verificar diretamente com o banco para obter as informações mais recentes.