Barroso defende construção de 'fonte de custeio' para piso salarial da enfermagem

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (8) que a instituição de um piso salarial nacional da enfermagem é justa, e que estará empenhado a viabilizá-lo. Porém, Barroso também defendeu a construção de uma fonte de custeio para que o piso possa ser concretizado. 

No último domingo (04), por uma decisão cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Barroso optou por suspender o piso e deu o prazo de 60 dias para que os entes públicos e privados da área da saúde, informem o impacto financeiro, os riscos de empregabilidade no setor, e uma eventual redução da qualidade dos servidos. 

Na análise das informações, o ministro viu que haveria o risco concreto e imediato de demissão em massa e uma possível redução da oferta de leitos.

”Quero deixar claro que o nosso esforço é de viabilizar o piso, e não barrá-lo”, afirmou o ministro. “Minha preocupação é não deixar que um reconhecimento justo e merecido aos profissionais de saúde, que foram incansáveis durante a pandemia, acabe sendo uma ficção, por diversas razões”, afirmou.