BC inicia reunião que deve elevar taxa de juros básicos pela 4ª vez seguida
Selic pode alcançar os 5,25% ao ano

Foto: Agência Brasil
O Banco Central (BC) inicia a reunião que vai definir o novo patamar da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, nesta terça-feira (3). Caso as expectativas do mercado financeiro se confirmem, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a Selic pela quarta vez seguida e a taxa básica pode alcançar os 5,25% ao ano e atingir o maior patamar desde o fim de 2019.
Na última reunião, quando a Selic aumentou para 4,25% ao ano, o Copom afirmou que a decisão reflete "um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação" e foi necessária "para mitigar a disseminação dos atuais choques temporários" sobre os preços. De acordo com o BC, aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação.
No encontro de hoje (3), o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos, e os diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro. A decisão a respeito dos novos juros será anunciada na próxima quarta-feira (4), após as 18h30, e ficará vigente por ao menos 45 dias. Logo depois, os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
Selic
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em outra linguagem, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.