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BC sugere limite de 12 parcelas sem juros no cartão de crédito para baixar custo do rotativo

Ideia foi colocada em pauta durante reunião com entidades representantes de instituições financeiras e do comércio

Por Da Redação
Ás

BC sugere limite de 12 parcelas sem juros no cartão de crédito para baixar custo do rotativo

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central apresentou uma proposta para limitar a 12 parcelas as compras sem juros no cartão de crédito. A ideia foi colocada em pauta pelo presidente do órgão, Roberto Campos Neto, na segunda-feira (16), durante reunião com entidades representantes de instituições financeiras e do comércio.

Campos Neto também mencionou a possibilidade de implementar uma tarifa sobre o parcelamento sem juros no cartão de crédito para desencorajar o uso excessivo dessa opção. Essa proposta já havia sido mencionada por ele anteriormente em um evento público.

Neste mês, o Congresso aprovou uma lei que determina que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça um limite para os juros do rotativo do cartão em até 90 dias. Atualmente, a taxa média cobrada nessa modalidade é de 445,7% ao ano.

Caso não seja encontrada uma solução no prazo, a lei define que a taxa do rotativo não poderá exceder o valor original da dívida, o que representa juros totais de 100%.

Atritos

Os debates em torno desse assunto têm gerado conflitos entre diferentes setores. Os bancos argumentam que os altos juros são devido ao risco de crédito elevado, enquanto os parcelamentos sem juros oferecidos pelo comércio transferem para as instituições financeiras o ônus da inadimplência. Por outro lado, os lojistas afirmam que o parcelamento sem juros não é a causa do problema e é fundamental para sustentar o comércio do país, temendo consequências negativas se houver mudanças nesse mecanismo.

De acordo com a proposta de Campos Neto, uma limitação do parcelamento sem juros a 12 meses, com a possibilidade de uma tarifa adicional, seria uma forma de reduzir o risco de inadimplência. Essa medida poderia impactar setores como materiais de construção e eletrodomésticos, que oferecem parcelamentos mais longos sem cobrança de juros.

Ao mesmo tempo, pela ideia apresentada, haveria redução de custo das operações com a imposição de um limite para a tarifa de intercâmbio paga aos emissores de cartões de crédito pelos comerciantes que alugam as "maquininhas". Hoje, essa limitação só existe para cartões de débito e pré-pagos.

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