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BNDES amplia investimento no setor agropecuário em 50% no primeiro semestre de 2023

Banco destina R$ 50 bilhões para agricultura familiar e agronegócio, buscando conciliar produção e sustentabilidade

Por Da Redação
Ás

BNDES amplia investimento no setor agropecuário em 50% no primeiro semestre de 2023

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na quarta-feira (5), um aumento de 50% em seus investimentos no setor agropecuário no primeiro semestre de 2023, em comparação com o ano anterior.  

Segundo divulgação da instituição, as ações do banco nos primeiros seis meses do ano direcionadas à agricultura familiar e ao agronegócio totalizaram R$ 50 bilhões. Esse montante engloba novas operações de crédito e investimentos, incluindo os aproximadamente R$ 1 bilhão aprovados em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (Fida). Esses recursos serão destinados a investimentos em práticas agrícolas e segurança hídrica para 250 mil famílias de agricultores familiares do semiárido nordestino.

A maior parte dos recursos do BNDES destinados ao setor agropecuário está relacionada ao Plano Safra/Safrinha 2023/2024, para o qual o banco reservou R$ 38,4 bilhões em créditos.

Destaca-se também o aumento de 103% no volume oferecido para a agricultura familiar, totalizando R$ 11,6 bilhões. Para a agricultura empresarial, foram destinados R$ 14,8 bilhões, representando um crescimento de 33% em relação ao plano anterior (2022/2023).

O BNDES ressalta ainda a reativação de linhas de financiamento para o agronegócio, que estavam suspensas até a posse da nova diretoria, e a criação de uma nova linha de crédito indexada ao dólar, voltada para produtores que recebem nessa moeda. Esses recursos somam mais R$ 11,5 bilhões.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é fundamental que o setor agropecuário brasileiro aumente sua produção sem desmatar e prejudicar o meio ambiente, a fim de mostrar ao mundo um agronegócio eficiente e moderno.

Atualmente, o Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa no planeta, e metade dessas emissões está relacionada ao desmatamento e às queimadas, principalmente ligadas à expansão de fazendas e pastos sobre biomas como o Cerrado e a Amazônia.

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