Bolsa sobe 11,14% de julho a agosto e registra 2ª maior alta pré-eleições em 20 anos

Durante os dois primeiros meses da campanha eleitoral oficial, o índice Ibovespa apresentou a segunda maior alta na comparação com os demais pleitos presidenciais dos últimos 20 anos. Como mostra o relatório, de julho a agosto, a elevação foi de 11,14%: o índice passou de 98.542 pontos, em 1º de julho, para 109.523 pontos, em 31 de agosto.

O resultado mais alto foi registrado em 2014. Naquele ano, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita, a Bolsa verificou o melhor resultado na janela de dois meses desde 2002, com avanço de 15,27%, conforme os dados avaliados pela Clear Corretora.

Em 2018, quando Jair Bolsonaro (PL) venceu nas urnas eletrônicas, a Bolsa apresentou alta de 5,38% entre julho e agosto.

Em análise dos dados acumulados para cada ano, no período de janeiro a agosto, o resultado de 2014 também teve destaque, já que o Ibovespa registrou crescimento de 18,96% nos primeiros oito meses. Neste ano, o avanço foi mais discreto, de 4,48%. Em 2018, o índice ficou no zero a zero.

De acordo com William Eid, diretor do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), não existe um padrão de movimentos na Bolsa brasileira em anos eleitorais.

“A volatilidade da Bolsa depende muito da incerteza que a eleição traz. Se os dois (candidatos à frente nas pesquisas) tiverem o mesmo programa, a mesma expectativa do mercado, não há mudança. Se houver um na frente que o mercado considere aceitável, a oscilação é menor”, disse ao Estado de S. Paulo.