Bolsonaro acusa Moraes de 'decisão política' e fala em crise constitucional
Ministro do STF concedeu liminar suspendendo nomeação do diretor-geral da PF
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O presidente Jair Bolsonaro pressionou, nesta quinta-feira (30), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, a decidir se Alexandre Ramagem pode ou não continuar no comando da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Do contrário, afirmou o presidente, deve nomear o seu ex-chefe de segurança pessoal, diretor-geral da Polícia Federal. O presidente disse que ficou ''chateado" por ter decretado a volta do seu indicado para comandar a PF depois de ser desautorizado por decisão de Alexandre de Moraes.
Para Bolsonaro, a decisão do ministro do STF " foi uma decisão política". Bolsonaro lembrou que, nessa quarta-feira (29), ao dar posse ao novo ministro da Justiça, André Mendonça, começou o discurso falando sobre a Constituição Federal. "Eu respeito a Constituição e tudo tem um limite. E estamos discutindo um novo nome (para diretor da Polícia Federal)", disse o presidente. Moraes concedeu a liminar justificando a relação de amizade de Ramagem com a família Bolsonaro. "Eu o conhecei com essa profundidade. Construí com ele uma relação de confiança", disse o presidente para justificar os motivos que o levaram a nomear Ramagem para o comando da PF.