Bolsonaro critica pessoas que querem 'tumultuar o que vem acontecendo no Brasil'
Presidente voltou a defender a participação das Forças Armadas nas eleições de outubro
Foto: Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a reiterar, nesta sexta-feira(13), que as Forças Armadas foram convidadas a participar do processo eleitoral e não irão ser "moldura para quem quer que seja". De acordo com o chefe do Executivo, em Brasília, existem "pessoas poucas" que saem das quatro linhas da Constituição para "tumultuar o que vem acontecendo no Brasil".
A declaração acontece um dia após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmar que quem é responsável pelas eleições são as "forças desarmadas" e que "ninguém nem nada vai interferir" no pleito, em referência a participação das Forças Armadas.
"Vocês devem estar acompanhando o que acontece no centro do poder lá em Brasília. Uma luta pelo poder. Pessoas poucas, mas que saem das quatro linhas da Constituição para tumultuar o que vem acontecendo no Brasil", afirmou o presidente durante discurso na abertura da 56ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, em Campos do Jordão (SP).
No evento, o presidente voltou a levantar questões sobre a confiabilidade do processo eleitoral e defendeu o voto impresso auditável.
"Nós queremos eleições limpas, transparentes, com voto auditável. Convidaram as Forças Armadas a participar do processo eleitoral. Elas fizeram seu papel, não foram lá para servir de moldura para quem quer que seja, e hoje nos atacam como que as Forças Armadas estivessem interferindo no processo eleitoral. Longe disso", disse.
Mais cedo, Fachin respondeu à outra declaração de Bolsonaro e afirmou que hoje existem "ilícitos indutores de regressos institucionais" que colocam em risco a democracia.
"Dizem que falo de fantasmas. A violência tem gênero e grau. A violência no Brasil é trágica. A desinformação tem nome e origem. Não é um fantasma. (...) Assistimos quase incrédulos a normalização de ataques às instituições impulsionadas por práticas de desinformações", destacou o presidente do TSE.