Bolsonaro diz que não cedeu a 'pressões' para formar ministério e agradece por 'quase milagres'
Presidente defende aliança com o Centrão
Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta terça-feira (31), durante cerimônia em Uberlândia (MG), que, apesar de entregar diversos ministérios ao Centrão, não "cedeu" a "pressões" para formar a equipe dele. Na ocasião, o presidente agradeceu a Deus por dois "quase milagres": a sua eleição e o fato de estar "de pé" até o momento.
“Bem como, quem entende um pouco de política, o quase um milagre de uma eleição. E também um outro quase milagre por ser atacado 24h por uma parte considerável da mídia e não ter cedido a pressões, como os mais antigos bem sabem, na formação do seu ministério e estarmos de pé de até o momento”, disse.
O primeiro indicado do Centrão no governo foi o ministro João Roma (Cidadania), nomeado em fevereiro por indicação do Republicanos. Em março, Flávia Arruda foi escolhida para a Secretaria de Governo, por indicação do Partido Liberal (PL). No mês passado, Bolsonaro nomeou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil. O Centrão reúne cerca de 200 dos 513 votos da Câmara e funciona como uma espécie de consórcio de partidos. Para Bolsonaro, a aproximação com o Centrão é necessária por conta da "governabilidade". Em entrevista à Rádio Grande FM, em julho deste ano, ele destacou ainda que é "obrigado" a formar a coalizão e que, "com apenas 150 deputados, não iria a lugar nenhum".