Bolsonaro diz que operação da PF contra Cid tem objetivo de 'forçar delação premiada'

No domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL, declarou que as prisões de seus ex-auxiliares foram supostamente planejadas para coagir a obtenção de delações premiadas, todas com o objetivo de prejudicá-lo. As declarações foram feitas durante uma entrevista concedida a um canal no YouTube.

Sem falar diretamente nas operações realizadas pela Polícia Federal na última sexta-feira (11), o ex-presidente mencionou as prisões de pessoas próximas a ele, como Mauro Cesar Barbosa Cid e Luis Marcos dos Reis. Ambos foram presos no mês de maio, durante a Operação Venire, que investiga fraudes nos cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha.

Bolsonaro disse ainda que o objetivo das prisões seria forçar delações premiadas contra ele. "O objetivo é sempre uma delação premiada. Vai delatar o quê? E o outro (objetivo) é me atingir."

Bolsonaro também lembrou o episódio da vaquinha feita por seus apoiadores, que lhe rendeu mais de R$ 17 milhões em doações. A entrevistadora disse "o senhor é um fenômeno, é quase pop", e o ex-presidente interrompeu "até o Pix revelou isso aí. Eu não pedi, mas agradeço. Foi uma iniciativa de muita gente".

Na entrevista, não houve menção ao caso das joias e à operação Lucas 12:2. A data em que a entrevista foi gravada permanece desconhecida. Atualmente, informações documentadas indicam que a Polícia Federal pretende solicitar a autorização para acessar os registros financeiros e fiscais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Enquanto isso, a equipe de defesa do ex-presidente afirmou que planeja apresentar os registros bancários de Bolsonaro como evidência de sua não participação no caso.