Bolsonaro diz que subsídio a combustíveis é excepcional e que decisão final é de Paulo Guedes
O presidente voltou a tratar da possibilidade de zerar o PIS/Cofins da gasolina, se a Guerra da Ucrânia persistir
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, disse neste sábado (12), que a adoção de subsídio à gasolina é uma "questão excepcional" e que a decisão vai passar para o ministério da Economia comandado por Paulo Guedes.
Durante o comunicado, Bolsonaro voltou a falar sobre a possibilidade de zerar o PIS/Cofins da gasolina se os conflitos gerados pela Rússia no território ucraniano persistirem. Entretanto, o presidente disse que ainda precisa consultar o ministro da Economia.
“Ele [Guedes] já deu um indicativo dessa possibilidade se o barril do petróleo explodir lá fora, porque se jogar todo preço para o consumidor, o Brasil explode a inflação e explode a economia. Não queremos isso. A questão do subsídio é excepcional que o Paulo Guedes vai decidir porque ele continua sendo meu ministro de minha confiança”, afirmou.
Sobre os lucros obtidos pela Petrobras, Bolsonaro disse que considera "um absurdo", em razão da crise que o mundo atravessa e declarou que não irá interferir na política de precificação da empresa.
O preço do óleo diesel e da gasolina comum tiveram um aumento de 24,9% e 18,8%, respectivamente, desde a última sexta-feira (11). Com este incremento, o valor dos insumos passará de R$ 3,61 para R$ 4,51, em relação ao diesel, e de R$ 3,25 para R$ 3,86 em relação à gasolina.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes informou que o litro da gasolina deve subir para uma média de R$ 7,02 no território brasileiro. O aumento foi gerado pelos conflitos pela guerra da Ucrânia. Atualmente o barril do produto se encontra em valores próximos a US$ 140.