Bolsonaro gostaria de ter "carta de milicianos", diz Lula
O ex-presidente participou de evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (9)
Foto: PR | Agência Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (9), de um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, o petista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) gostaria de uma "carta feita por milicianos" após o presidente criticar documento a favor da democracia.
"Como é que a gente pode viver num país em que o presidente conta sete mentiras todo dia? E com a maior desfaçatez. Que chama uma carta, que defende a democracia, de cartinha? Quem sabe a carta que ele gostaria de ter é uma carta feita por milicianos no Rio de Janeiro e não uma carta feita por empresários, intelectuais, sindicalistas defendendo um regime democrático", afirmou Lula.
Ainda no evento, Lula defendeu a realização da reforma tributária, que está nas propostas de governo apresentadas pelo PT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a administrativa, que não consta no documento.
O presidente Jair Bolsonaro este em evento com banqueiros da Febraban na segunda-feira (8) e declarou que "democrata não precisa assinar cartinha", ao se referir a documento criado por ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP), em defesa da democracia e do sistema eleitoral eletrônico.
“Outra coisa, pessoal, quem quer ser democrata, não precisa assinar cartinha, não. Se tiver que assinar que sou honesto, todo mundo vai assinar que é honesto. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo. (...) Falar todo mundo fala. Fazer cartinha todo mundo faz”, disse o presidente.
Encontros na Fiesp
Lula participou de uma série de encontros promovidos pela Fiesp com presidenciáveis. O petista contou com a presença de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador do plano de governo da chapa à Presidência, Aloizio Mercadante (PT).
Simone Tebet (MDB) Felipe D’Ávila (Novo) e Ciro Gomes (PDT) participaram, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou sua ida, programada para a quinta-feira (11).