Bolsonaro lembra Médici em lançamento de Plano Safra
"O que plantamos na política hoje, colhemos amanhã", afirmou o presidente
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Em um discurso curto durante o lançamento do Plano Safra, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (17), Jair Bolsonaro tocou em vários assuntos polêmicos, em especial, elogiou o governo de Emílio Garrastazu Médici, terceiro presidente da Ditadura no Brasil, conhecido por ter regido o período mais duro de repressão política. Bolsonaro destacou que Médici foi quem assinou a criação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e incentivou os jovens a buscarem formação no exterior.
"Após isso tudo, o Brasil começou a crescer. Afinal de contas, se descobriu, na época, que nós dependíamos em parte ainda do que o mundo produzia no campo e nós tínhamos que levar em conta que devíamos investir em ciências agrárias. Assim foi feito e o Brasil cresceu. Hoje colhemos o que plantamos. Assim é a agricultura, você só pode colher o que planta", ponderou e levou a mesma ideia para a política: "o que plantamos na política hoje, colhemos amanhã", disse.
O presidente também aproveitou para registrar o descontentamento dele com a paralisação das atividades econômicas no país por causa da pandemia do novo coronavírus e afirmou que o campo não parou porque o "pânico" não chegou lá. Bolsonaro ainda falou que o país consegue produzir muito (o suficiente para alimentar 15% da população mundial) com pouco desmatamento. "Nós somos um exemplo na questão ambiental", afirmou.