Bolsonaro recebeu terceiro conjunto de joias e levou com ele após fim do mandato, diz jornal

Após a revelação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou levar para o acervo pessoal dois conjuntos de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita, o Estadão revelou que houve ainda um terceiro pacote de joalheria, levado por Bolsonaro após o fim do seu mandato.

Nesta caixa de madeira clara, que traz o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita, haveria um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado em diamantes. Uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras encrustadas também foi incluída, assim como um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro e outros diamantes ao redor. Completam o conjunto um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor, uma “masbaha”, um tipo de rosário árabe, feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

O relógio Rolex pode ser encontrado na internet por R$ 364 mil. Os demais itens, quando comparados a peças similares, somam, no mínimo, R$ 200 mil. Isso significa que, na hipótese conservadora, a nova caixa está estimada em mais de R$ 500 mil.

De acordo com o Estadão, este pacote, diferentemente dos outros dois, foi recebido em mãos pelo próprio ex-presidente, quando esteve com sua comitiva em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019.

Naquela ocasião, Bolsonaro teve um almoço oferecido pelo rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud. No encontro, Bolsonaro disse que possuía “certa afinidade” com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salma. De acordo com Bolsonaro, “todo mundo” gostaria de passar uma tarde com um príncipe, “principalmente as mulheres”.

Segundo o Estadão, Bolsonaro voltou com o conjunto de joias para o Brasil ordenou que os itens fossem levados a seu acervo privado, o que foi confirmado no dia 8 de novembro de 2019, pelo Gabinete Ajunto de Documentação Histórica da Presidência.