Bolsonaro usa exceção e autoriza nomeação de 560 policiais federais
Lei eleitoral restringe nomeação desde três meses antes do primeiro turno até a posse dos eleitos

Foto: Isac Nóbrega/PR
A três dias do primeiro turno das eleições, o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), autorizou a nomeação de 560 policiais federais, entre eles delegados, agentes e escrivães. As nomeações, proibidas pela lei eleitoral desde julho até a data da posse, foram justificadas pelo Palácio do Planalto como uma exceção permitida na lei, já que se trata de uma ação “necessária ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais”.
Pelas redes sociais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, comemorou a publicação do decreto e afirmou que a turma nomeada se formou em 2 de setembro deste ano. Os policiais federais são base de apoio de Bolsonaro, que se tornou alvo de críticas da categoria depois de frustrar uma expectativa de reajuste salarial de até 20%. Ao sancionar as diretrizes do orçamento de 2023 em agosto, o chefe do Executivo vetou o item que previa o reajuste de salário específico para policiais e integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
🚨🚨Em edição extra do DOU, foi autorizada a nomeação de importante reforço para a @gov_pf !👊🏻🇧🇷
— Anderson Torres (@andersongtorres) September 30, 2022
Serão mais cerca de 560 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, da turma que se formou no dia 2 de setembro. A tropa e a população agradecem, presidente @jairbolsonaro 🇧🇷👊🏻🇧🇷 pic.twitter.com/lOpRE0wrGf