Brasil avança 18 posições em ranking mundial de liberdade de imprensa após fim do mandato de Bolsonaro
Conclusão do informe é da entidade Repórteres Sem Fronteiras, publicado nesta quarta-feira (3)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O Brasil avançou 18 posições no ranking de liberdade de imprensa em todo o mundo e o principal motivo foi o fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A conclusão é da entidade Repórteres Sem Fronteiras que, anualmente publica sua avaliação sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo.
"Os ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro à mídia continuaram até o último dia de seu mandato, no final de 2022. A chegada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva restaurou a estabilidade das relações entre a mídia e o governo. Mas a violência estrutural contra jornalistas, a propriedade altamente concentrada da mídia e os efeitos da desinformação ainda representam grandes desafios para a liberdade de imprensa", diz trecho do grupo.
No ranking publicado nesta quarta-feira (3), o Brasil aparece na posição 92, entre 180 países avaliados. Em 2022, a classificação apontava o país na 110ª posição. O informativo foi publicado na mesma data em que a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra o dia mundial da liberdade de imprensa.
Para os autores da classificação, "o governo Bolsonaro de 2019-2022 foi extremamente desafiador para a imprensa brasileira". "O presidente insultou regularmente jornalistas e a mídia e mobilizou exércitos de apoiadores nas mídias sociais como parte de uma estratégia afinada de ataques coordenados que visavam desacreditar a imprensa, que foi rotulada como inimiga do Estado", afirmou.
"Bolsonaro deu continuidade a essa estratégia como ex-presidente, com o objetivo de garantir que seus apoiadores não acreditem nas acusações de corrupção feitas contra ele e sua família, nos resultados das eleições que levaram Lula da Silva ao poder e nas ações do novo governo", disse.