Brasil decide não aderir ao compromisso mundial de lutar contra Fake News
O documento foi assinado por 132 países e autoridades

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
O governo federal não aderiu a uma iniciativa mundial com o intuito de estabelecer um compromisso de não difundir desinformação em meio à pandemia. O documento foi assinado por 132 países e autoridades.
Aliados do governo brasileiro, Israel, Índia, Hungria e Japão assinaram a declaração. Até mesmo o governo dos EUA de Donald Trump aderiu, assim como o Reino Unido. Também aderiram ao projeto a Alemanha, França e Itália, entre muitos outros países democráticos.
Na América do Sul, fazem parte do projeto o Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Suriname, Bolívia, Peru e Argentina, além da Venezuela e Equador.
De acordo com os governos, em tempos de crise na saúde, "a propagação da "infodemia" pode ser tão perigosa para a saúde e segurança humana quanto a própria pandemia". "Entre outras consequências negativas, a COVID-19 criou condições que permitem a disseminação de desinformação, notícias falsas e vídeos para fomentar a violência e dividir as comunidades", alertam os governos.
"Por estas razões, pedimos a todos que parem imediatamente de difundir informações errôneas e observem as recomendações da ONU para enfrentar este problema", sugerem os governos.
O documento, que elogia os trabalhos da ONU e OMS nessa questão, ainda confirma o "papel fundamental da imprensa livre, independente, responsável e pluralista para aumentar a transparência, a responsabilidade e a confiança, o que é essencial para alcançar o apoio adequado e a conformidade do público em geral com os esforços coletivos para conter a propagação do vírus".
Os governos ainda se comprometem em garantir que pessoas "sejam informadas com precisão a partir de fontes confiáveis e não sejam enganadas pela desinformação sobre a COVID-19".
"Esses esforços se baseiam, entre outros, na liberdade de expressão, na liberdade de imprensa e na promoção dos mais altos padrões éticos e de imprensa, na proteção de jornalistas e outros trabalhadores da imprensa, bem como na promoção da informação e da alfabetização midiática, na confiança pública na ciência, nos fatos, na imprensa independente, nas instituições estatais e internacionais", declaram.