Brasil ocupa primeiro lugar no mundo por homicídios e suicídios de pessoas LGBT+, aponta levantamento baiano
Em 2023, foram computadas 257 mortes violentas; veja cenário
Foto: Marcelo Camargo/EB
Em 2023, o Brasil continuou como o campeão mundial de homicídios e suicídios de pessoas LGBT+. Durante todo o ano, foram computadas 257 mortes violentas, um caso a mais em comparação ao registrado em 2022. Os números foram divulgados, nesta semana, pelo Grupo Gay da Bahia.
Homicídios foram 204 (79,3%) computados no ano passado. Suicídios aparece em seguida, com 20 casos (7,78%). Houve ainda 17 (6,61%) casos de latrocínios, e mais 16 (6,22%) categorizados como Outras causas.
Dos 257 casos de mortes violentas, travestis e transgêneros são as maiores vítimas, representando 49,4% (127 registros). Gays e lésbicas completam o triste pódio, com 45,9% (118) e 3,50% (9), respectivamente.
As pessoas com idades entre 19 e 35 anos são as mais afetadas pela violência, de acordo com o estudo. No entanto, a população com idade acima dos 40 anos também aparece entre as vítimas dos casos de mortes violentas.
São Paulo é o estado com mais casos, computando 34 vítimas (13,23%). Minas Gerais, com 30 casos (11,67%), Rio de Janeiro, com 28 (10,90%), e Bahia, com 22 (8,56%), aparecem logo em seguida.
A pesquisa realizada também demonstra que Salvador é a quarta capital mais violenta para o público LGBT+. Somente em 2023, 8 pessoas foram vítimas de mortes violentas, representando 3,11% dos casos registrados em todo o país.