Brasil e refugiados venezuelanos
Confira nosso editorial deste sábado (01)
Foto: Divulgação
Os direitos humanos é pauta importante e constante no Brasil e isso independe de governo. Mesmo que em certos casos e momentos negligenciados ou deixados às vezes em segundo plano, é, sem dúvida, uma condição (de assegurar direitos civis e políticos) de toda a América Latina, inerente à história que explica a gênese da sociedade desta porção terrestre.
Esta semana, o governo brasileiro foi cumprimentado pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) pelo reconhecimento de cerca de 17 mil venezuelanos como refugiados, atendidos por meio do procedimento facilitado de prima facie, iniciado em dezembro de 2019. Neste módulo, venezuelanas e venezuelanos solicitantes da condição de refugiado que atenderem aos critérios necessários terão seu procedimento acelerado, sem a necessidade de entrevista.
O interessante é que este número é apenas parcial do total de refugiados venezuelanos reconhecidos pelo governo. Até o momento, mais de 37 mil venezuelanas e venezuelanos foram reconhecidos no Brasil, o que coloca o país, dentro da América Latina, com o maior número de refugiados que fogem do caos mantido pelo não menos caótico governo – quando não injusto – de Nicolás Maduro.
O fluxo de venezuelanos e venezuelanas é o maior êxodo da história recente da América Latina e a ONU estima que mais de 4,7 milhões de pessoas já deixaram seu país de origem.
Legíveis e devidamente reconhecidos, os altivos números dentro de um aspecto de direitos humanos reforçam, sim, o papel do Brasil na proteção de refugiados na região.