Brasil: Inflação aumentou para 0,51% em novembro depois de ter ficado com 0,10% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou para 0,51% a inflação em novembro, após ficar com 0,10% no mês de outubro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

O aumento foi devido à aceleração dos preços do grupo “Alimento e bebidas” - impactado pelo aumento no preço das carnes em 8,09%. O item representou sozinho, 0,22% (quase metade) do IPCA de novembro.

Em 12 meses, inflação sobe para 3,27%

Após o resultado de novembro, o índice oficial do país acumula alta de 3,12% no ano. Em 12 meses, o IPCA avançou para 3,27%, mas permanece abaixo da meta definida pelo governo que é de 4,5%, o que sugere apostas de um novo corte na taxa básica de juros, atualmente em 5% ao ano.

E apesar da aceleração, a inflamação segue com ponto fraco na economia, desemprego elevado e baixas demandas. 

Sete dos nove grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês de novembro. A maior alta foi o grupo de despesas pessoais.  Confira abaixo a inflação de novembro por grupos e o impacto de cada um no índice geral:

• Alimentação e Bebidas: 0,72% (0,18 ponto percentual)
• Habitação: 0,71% (0,11 p.p.)
• Artigos de Residência: -0,36% (-0,01 p.p.)
• Vestuário: 0,35% (0,02 p.p.)
• Transportes: 0,30% (0,05 p.p.)
• Saúde e Cuidados Pessoais: 0,21% (0,03 p.p.)
• Despesas Pessoais: 1,24% (0,13 p.p.)
• Educação: 0,08% (0 p.p.)
• Comunicação: -0,02% (0 p.p.)

Além de a carne ter sido o maior impacto individual na inflação de novembro, outro custo do item lanche (0,56%) que teve alta foi alimentação fora do domicílio, que subiu 0,21%. Mas, houve queda nos preços da batata-inglesa (-14,27%), tomate (-12,71%) e cebola (-12,48%). 

Outra alta que teve impacto na inflação foi a energia elétrica (2,15%), que em outubro estava em vigor a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora e, em novembro, passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1, onde o preço foi reajustado de R$ 4 para R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora.

Já no grupo “Transportes”, os valores dos combustíveis subiram 0,78%, porém houve uma queda em relação ao mês de outubro, quando a alta foi de 1,38%. A gasolina subiu 0,42% e o diesel teve alta de 0,38%.