Brasil planeja construção de usina binacional com Bolívia
Obra seria realizada no Rio Mamoré, no município de Guará-Mirim (RO)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Brasil estuda uma construção de uma usina hidrelétrica binacional com a Bolívia. O projeto seria no Rio Mamoré, acima do município de Guajará-Mirim (RO), contando com experiência e investimentos de Itaipu. A possibilidade foi comentada na última sexta-feira (14) pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, durante solenidade de comemoração da geração recorde de 2,7 bilhões de megaWatts/hora (MW/h) produzidos desde o começo da operação, em 1984.
Para efeito de comparação, Itaipu possui potência de 14 mil MW. De acordo com o general, Itaipu poderia ser o agente brasileiro na futura usina binacional com a Bolívia.
Dentro de três anos, Itaipu será quitada a dívida para construção da usina, o que liberará aproximadamente US$ 2 bilhões por ano, metade para o Paraguai e metade para o Brasil, que passará a contar com US$ 1 bilhão para investimentos, cerca de R$ 4,3 bilhões. O dinheiro, de acordo com o general, poderia ser utilizado na construção da usina binacional, se for o caso, ou em melhorias na usina de Itaipu.
Custo do investimento
O diretor-técnico executivo de Itaipu, Celso Villar Torino, estimou em aproximadamente US$ 5 bilhões o valor de construção da usina binacional com a Bolívia, levando em consideração o valor das grandes usinas recentes.