Brasil precisa seguir duas agendas para crescer: fiscal e social, afirma secretário executivo da Fazenda
Secretário substituiu Haddad em evento depois de convocação do presidente Lula para uma reunião
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan, afirmou nesta segunda-feira (8) que o Brasil precisa seguir duas agendas para crescer com sustentabilidade.
A declaração foi dada, por videoconferência, no evento Rumos, promovido pelo jornal Valor Econômico, em São Paulo. Durigan substituiu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que cancelou participação no evento nesta manhã.
O ministro foi chamado na noite de domingo (7) para participar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro, que acontece em meio a ruídos sobre a troca no comando da Petrobras, está marcado para 18h.
“A primeira é a agenda da responsabilidade fiscal, que a longo prazo será sustentada pela reforma tributária. E a segunda é a responsabilidade social, que precisa ser endereçada com uma nova forma de se olhar para o Brasil.”
Segundo o secretário, o governo deve também pensar em desenvolvimento que venham de novas bases.
“O país tem muita desigualdade social, muito problema de infraestrutura e isso precisa ser endereçado, pensando em uma forma de olhar para o futuro do Brasil. Essas coisas se complementam, sabendo que nosso projeto tem responsabilidade social, a responsabilidade fiscal não é vazia.”
Ainda conforme Durigan, a economia do país vem superando as expectativas desde 2023, apresentando resultados melhores do que o esperado.
“Estamos começando 2024 com bons sinais, e as expectativas estão se ajustando para gerar mais expectativas.”
Questionado se o governo vai ou não rever a expectativa, ou estratégia sobre as metas estipuladas pelo governo de prever um aumento de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país para este ano, Durigan garantiu que não vai haver nenhuma novidade em reação a agenda e que estão fazendo de tudo para mantê-la.
“É importante reforçar que nosso projeto para estabilizar a dívida vai se manter em curso, não haverá novidade. Estamos fazendo a recomposição da base fiscal atacando o que é mais ineficiente”, disse o representante do Ministério da Fazenda.
Para ele, 2024 é um ano importante para a ancoragem fiscal, tanto na despesa quando na receita.
“É preciso avançar mais sobre revisão de programas sociais, benefícios para corrigir distorções. A equipe econômica está buscando a melhora do gasto público junto com eficiência”, reforçou Durigan.