Brasileiro acusado de ser mandante de morte de rival é preso na Colômbia
Crime aconteceu em fevereiro de 2020
Foto: Divulgação/MP-RJ
O contraventor Bernardo Bello, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) como mandante do assassinato de Alcebíades Paes Garcia, vulgo Bid, foi preso na noite desta sexta-feira (28) em Bogotá, na Colômbia.
Bello é acusado de ser mandante do assassinato do rival na disputa por pontos do jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis na zona sul e em parte da zona norte do Rio de Janeiro. O crime aconteceu em 25 de fevereiro de 2020, na Barra da Tijuca.
Enquanto retornava do desfile de carnaval na Marquês de Sapucaí, Bid foi morto a tiros ao deixar uma van cheia de passageiros, na porta de um condomínio na Rua Jornalista Henrique Cordeiro.
Para a prisão do contraventor, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), a Delegacia de Homicídios da Capital da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, a Interpol brasileira e a Interpol colombiana atuaram juntos. O mandado de prisão foi emitido pela Juíza de Direito Tula Mello, do I Tribunal do Júri da Capital.
Segundo o MPRJ, Bernardo Bello é um dos principais contraventores do Rio de Janeiro. Além disso, também tiveram a prisão decretada pelo crime os irmãos Leonardo (vulgo Mad) e Leandro (vulgo Tonhão) Gouvêa da Silva, que seriam integrantes do Escritório do Crime e já se encontram presos. O órgão estadual afirma que eles são responsáveis por intensa vigilância e monitoramento da vítima pelo menos desde setembro de 2019.
Também foram presos hoje (29) Thyago Ivan da Silva e Carlos Diego da Costa Cabral, seguranças contratados por Alcebíades para a ida ao sambódromo. A acusação é de que eles foram responsáveis pelo fornecimento de informações e localização da vítima e abandono do posto de vigilância.
Outro denunciado, Wagner Dantas Alegre, segurança de Bernardo Bello, é apontado como autor dos disparos de fuzil calibre 5.56 que alvejaram a vítima. O mandado de prisão deste segue em aberto.
O crime foi praticado por motivo torpe, de modo a resultar perigo comum e mediante dissimulação, uma vez que dois denunciados lograram ser contratados como seguranças para integrar a escolta de Bid. O MP-RJ também cita uma emboscada sem chance de defesa da vítima.