Braskem anuncia fim de atividades de extração em Alagoas
Autoridades alertam que três bairros estão afundando devido à operação
Foto: Dado Galdieri/Bloomberg
Alvo de ações judiciais que acumulam quase R$ 40 bilhões graças aos supostos prejuízos causados em decorrência de atividade de mineração em Maceió (AL), a petroquímica Braskem anunciou na última quinta-feira (14) a finalização de atividades de extração de sal-gema na cidade. Ruas e casa apresentam rachaduras e desníveis, e autoridades retificam que três bairros estão afundados devido as operações da empresa.
De acordo com comunicado encaminhado ao mercado na noite da última quinta-feira (14), a Braskem propôs à Agência Nacional de Mineração (ANM) a criação de uma área de resguardo no entorno de 15 dos 35 poços que compõem as operações da mina. Assim, serão desocupados 400 imóveis e deslocadas 1,5 mil pessoas. A empresa propõe que os demais 20 poços sejam monitorados.
A petroquímica afirma não estar assumindo culpa pelo afundamento, mesmo propondo o deslocamento das famílias, o fechamento da mina e o monitoramento de áreas de resguardo. Para a empresa, não há qualquer relação entre o fenômeno geológico e a extração de sal-gema, utilizado no processo industrial. A decisão foi tomada após dados sonares e da situação dos poços indicarem que seria melhor realizar a ação preventiva, já que a mina está em área urbana.