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BTG acusa acionistas da Americanas de má-fé e critica proteção concedida pela Justiça à empresa

Americanas conseguiu se blindar contra bloqueios e sequestros de bens

Por Da Redação
Ás

BTG acusa acionistas da Americanas de má-fé e critica proteção concedida pela Justiça à empresa

Foto: Agência CMA/Gustavo Lacerda

A briga entre a Americanas e seus credores não deve estar amigável depois que a empresa conseguiu se blindar na Justiça contra bloqueios e sequestro de bens dos seus acionistas. As informações são da CNN, que teve acesso à petição apresentada pelos advogados do BTG Pactual, um dos maiores credores da marca. 

O banco quer reverter a medida dada à companhia e exercer seus direitos como credor da empresa, que na última semana declarou rombo de R$ 20 bilhões no seu balanço. 

De acordo com o documento, protocolado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), os advogados do banco acusam Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira de má-fé na gestão da Americanas.

Eles ainda qualificam como premeditada a ação dos executivos do 3G, que são os maiores acionistas da marca. 

“Os três homens mais ricos do Brasil (com patrimônio avaliado em R$ 180 bilhões), ungidos como uma espécie de semideuses do capitalismo mundial “do bem”, são pegos com a mão no caixa daquela que, desde 1982, é uma das principais companhias do trio. Dois dias depois, têm a pachorra de vir em Juízo pedir uma tutela cautelar, preparatória de uma recuperação judicial, para impedir os credores de legitimamente protegerem o seu patrimônio à luz da maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país. É o fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude. É o fraudador cumprindo a sua própria profecia, dando verdadeiramente ‘uma de maluco para esses caras saberem que é pra valer’.”, diz o trecho da petição, que cita a história de um livro. 

Apesar das acusações, a Americanas se pronunciou e reiterou “a importância da manutenção da liminar, apesar da tentativa de suspensão, o que poderia gerar assimetria entre os seus credores, inclusive bancos, e não ajudaria no processo”.

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