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Busca pelo termo 'tempestade' na internet teve aumento de 70% nos últimos três anos

Na comparação com 2022, o aumento foi de 50%

Por Da Redação
Ás

Busca pelo termo 'tempestade' na internet teve aumento de 70% nos últimos três anos

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Devido às intensas chuvas que afetaram todo o território nacional ao longo do ano, as buscas pelo termo "tempestade" registraram um aumento superior a 50% em comparação com 2022 e mais de 70% nos últimos três anos, conforme indicam dados fornecidos pelo Google. As informações são do R7.

Micael Cecchini, professor do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo), explica que o ar fica mais instável quando está quente e úmido. Nessas condições, ele tende a subir e a formar nuvens. "Altas temperaturas e umidade são os ingredientes para a formação de tempestades", diz Cecchini

Após a formação da nuvem, situada a uma altitude de 1 km, esta se expande até ultrapassar o nível onde a temperatura atinge 0ºC, originando partículas de gelo — as quais desencadeiam fenômenos como raios. O especialista destaca que as nuvens de tempestade observadas em São Paulo possuem uma base de 1 km de altura, alcançando um topo com mais de 10 km, se caracterizando por uma extensão vertical considerável.

O especialista explica que, caso essas partículas de gelo atinjam tamanho suficiente, o granizo é formado, sendo um fenômeno comum em tempestades na capital paulista. Quando uma frente fria se instala, mesmo em condições de ar menos quente e úmido, o ar tende a ascender devido à presença do ar frio proveniente da região Sul do Brasil.

Em São Paulo, a influência da brisa marítima é um fator a ser considerado, contribuindo para a formação de tempestades. Ventos provenientes do oceano Atlântico percorrem cidades como Santos, atravessam a serra do mar e chegam à capital, interagindo com o calor urbano. De acordo com previsões da Climatempo Meteorologia, essa interação é esperada para ocorrer nesta semana pós-Natal.

As tempestades de maior magnitude, que resultam em danos expressivos, como as ocorridas em 3 de novembro, deixando mais de 1 milhão de residentes paulistanos sem energia, resultam da combinação de três fatores: ar quente e seco proveniente do interior do país, ar úmido proveniente da costa e a presença de uma frente fria. Conforme informações do Inmet, esse cenário também deve prevalecer em outras regiões do país, como Norte e Centro-Oeste, com projeções de chuvas acima da média histórica no final de 2023 e início de 2024.

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