Cachê pago a Gusttavo Lima para réveillon de Salvador causa revolta na mídia baiana de maior alcance

A notícia de que o cantor sertanejo Gusttavo Lima, uma das atrações confirmadas para o réveillon de Salvador, que este ano acontecerá no Forte São Marcelo, localizado na Baía de Todos-os-Santos, vai receber R$ 1,5 milhão para realizar uma live, causou não só revolta entre os artistas baianos que estão sem participar de eventos desde março, em razão da pandemia de Covid-19, mas também em jornalistas da mídia de maior alcance do Estado. 

"Desnecessário", esta foi a classificação usada por um jornalista sobre o pagamento do cachê ao sertanejo que realizará a live, cujo show será transmitido nas redes sociais, TV local e canais fechados, a exemplo do Multishow. 

"Esse ano a pandemia veio em cheio e a prefeitura vai fazer uma live, eu acho uma ótima ideia. Eu só não acho fantástico porque vão pagar R$ 1,5 milhão a Gusttavo Lima. Isso me deixa com a pulga atrás da orelha porque será que a prefeitura não pode pensar um minuto nos artistas baianos?", questiona ao citar que a cidade possui cantores locais como Bell Marques, Durval Lélys e as bandas Harmonia do Samba, Psirico, Baiana System e Parangolé.

"A situação está dificílima e a prefeitura pega R$ 1,5 milhão e entrega a Gusttavo Lima para fazer live, nem para show é, é para live. Logo Gusttavo Lima que foi o cara que mais ganhou dinheiro com live. Não interessa se a Rede Globo vai transmitir, o que me interessa é que as bandas baianas precisam de grana e a prefeitura tem obrigação de sustentar sim", afirma.

O profissional ainda cita que diversos artistas baianos estão passando fome na Bahia por não ter de onde tirar renda, já que os shows estão cancelados, mas para ele pagar para "fazer live de Gusttavo Lima é sacanagem".