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Cálculos preevem mais de 115 milhões de pessoas na miséria em todo o mundo

No Brasil, a pobreza extrema já vinha tendo um aumento nos últimos cinco anos

Por Da Redação
Ás

Cálculos preevem mais de 115 milhões de pessoas na miséria em todo o mundo

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Além da crise sanitária com doentes e mortos pela Covid-19, a pandemia também tem provocado estragos na economia global. Segundo estimativas do Banco Mundial, esse impacto negativo deve fazer a pobreza extrema ter um aumento, pela primeira vez, em mais de duas décadas.

Estima-se que 115 milhões de pessoas devem se encontrar nessa situação até o final deste ano. Para 2021, a projeção é de pelo menos 150 milhões de pessoas na extrema pobreza.

Pelo critério do Banco Mundial, a extrema pobreza é caracterizada por uma renda diária de até US$ 1,9 (cerca de R$ 10). Com esse aumento, a pobreza passará a afetar o equivalente a entre 9,1% e 9,4% da população no mundo ainda este ano, segundo o relatório Poverty and Shared Prosperity Report (Relatório sobre Pobreza e Prosperidade Compartilhada, em tradução livre).

No Brasil, a pobreza extrema já vinha tendo um aumento nos últimos cinco anos, conforme  os dados da Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde em 2019 13,88 milhões de brasileiros viviam nessa condição, cerca de 170 mil mais do que no ano anterior.

Mas com a pandemia e o pagamento do auxílio emergencial, essa tendência foi interrompida com as cinco parcelas de R$ 600 e três extras de R$ 300, que serão pagos até dezembro deste ano para pessoas de baixa renda, mães chefe de família e trabalhadores informais. Contudo, sem mais parcelas extras do auxílio emergencial, o número pode voltar a aumentar e atingir 15 milhões de pessoas, apenas no Brasil.

"A pandemia e a recessão global podem fazer com que mais de 1,4% da população do planeta caia na pobreza extrema", afirmou o presidente do Banco Mundial, David Malpass.

Malpass ainda sugeriu que para reverter esse "grave retrocesso", os países precisariam caminhar para construir uma economia diferente no pós-pandemia, que permitisse que capital, trabalho e inovação irrigasse novas áreas e setores.
 

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