Campanha alerta turistas e pescadores sobre peixe-leão
Espécie invasora é considerada um perigo para o ecossistema marinho brasileiro e pode causar danos à saúde humana
Foto: Reprodução/GOVBR
Uma campanha, lançada na sexta-feira (11), visa orientar turistas, pescadores e mergulhadores para o aparecimento de uma nova espécie marinha em águas brasileiras: o peixe-leão. Ele chama atenção pela beleza e exuberância, tem o corpo listrado de branco com tons laranja, vermelho e marrom, 18 grandes espinhos e nadadeiras prolongadas, mas é considerado perigoso ao ecossistema e aos seres humanos.
A espécie não é natural do Brasil, entretanto há ocorrências de aparição na costa do Pará e de Fernando de Noronha (PE). O fato acendeu o alerta de técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Começamos a receber informações de pescadores. Com essa informação vimos que se tratava do peixe-leão que apareceu na costa norte do Brasil, coisa que nunca tínhamos visto antes”, afirmou Alex Garcia Cavalleiro Klautau, analista ambiental e coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Norte (CEPNOR).
O peixe-leão é considerado perigosos pois se alimenta rapidamente de outros peixes, não possui predador e se reproduz com facilidade. Os espinhos na região dorsal soltam um veneno nocivo aos seres humanos.
Com isso, o MMA e o ICMBio fizeram uma parceria e lançaram a campanha de alerta a turistas, pescadores e mergulhadores. O projeto prevê a distribuição de panfletos e cartazes que trazem informações sobre os perigos desse animal, que é considerado perigoso para o ecossistema marinho brasileiro e para seres humanos.
O objetivo da campanha é informar, a quem for vítima da espécie, como cuidar do local afetado para dificultar a ação do veneno e procurar atendimento médico o mais rápido possível. Já para pescadores e mergulhadores, os informativos também alertam que o animal não deve ser devolvido ao mar e que as autoridades devem ser informadas sobre local onde o peixe foi visto para ajudar no monitoramento dessa espécie.
“Quando capturarem o peixe-leão, por favor não devolvam ao mar, fotografem, tragam para o ICMBio, se possível. Na cartilha tem um QR Code com um formulário para que as pessoas possam nos enviar todas as informações de onde ele foi capturado, com envio de fotos e imagens. Tudo isso é importantíssimo para que a gente possa monitorar e impedir que esses peixes se alastrem para o resto do país”, ressaltou a secretária de Biodiversidade do MMA, Beatriz Milliet.
Milliet também falou que os panfletos possuem linguagem específica para cada público-alvo da campanha e serão distribuídos em áreas costeiras prioritárias do país para orientar banhistas, pescadores e mergulhadores, caso avistem o peixe-leão.