MP recusa delação premiada da viúva do ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega
Além de tentar reduzir pena, procedimento tinha a intenção de conseguir autorização para ela residir em Portugal
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), rejeitou a delação premiada proposta pela de Júlia Lotufo, viúva do ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega.
O que agravou a decisão foi o fato de Lotufo não assumir os crimes que a levaram para a prisão no ano passado, entre eles lavagem de dinheiro da quadrilha.
Segundo a defesa da viúva, um dos principais objetivos da ação, além da redução da pena, era obter autorização judicial para morar em Portugal. Lotufo alega que sofre ameaças das pessoas que ela citou nos anexos da colaboração.
A viúva está em prisão domiciliar desde abril do ano passado, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com a recusa do MP-RJ e o desinteresse do Ministério Público Federal (MPF), só resta à defesa de Lotufo reapresentar anexos mais convincentes aos olhos dos promotores.