Cármen rejeita questionamentos levantados pelas defesas dos réus e valida delação de Cid no julgamento da trama golpista

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia rejeitou, nesta quinta-feira (11), as questões preliminares levantadas pelas defesas dos réus do chamado "núcleo 1", que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no processo sobre a trama golpista.

Cármen Lúcia também votou a favor da validade da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Com isso, o placar chegou a 4 a 0 pela legalidade da colaboração, que foi alvo de questionamentos das defesas dos réus.

O acordo de delação foi firmado com a Polícia Federal, o que já é reconhecido pelo STF, e não com o Ministério Público Federal, como tende a ocorrer.

As defesas também alegam, com base em áudios divulgados pela imprensa, que Mauro Cid teria sofrido pressão durante os depoimentos. No entanto, a hipótese já foi negada tanto pelo próprio tenente-coronel quanto por seus advogados.

A delação de Mauro Cid auxiliou nas investigações sobre a trama golpista, feitas pela PF. No entanto, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, que solicita a condenação dos oito réus, não se apoiou exclusivamente nas declarações do tenente-coronel.

Foram analisados áudios, vídeos, gravações, documentos, minutas, anotações e outras provas para compor a denúncia da PGR.

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