Caso da joias: diretor da PF afirma que dados do exterior corroboram delação de Mauro Cid
Segundo Andrei Rodrigues, há "muita consistência" nas declarações do ex-ajudante de Bolsonaro
Foto: Tom Costa/MJSP
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a primeira remessa de informações solicitadas ao governo dos Estados Unidos sobre a investigação que envolve o escândalo das joias já chegou ao Brasil. A confirmação foi feita, nesta sexta-feira (24), à CNN.
Segundo ele, as informações obtidas "corroboram e confirmam" os detalhes relatados pelo pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid em delação premiada fechada com a Polícia Federal e com o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Já começamos a receber as primeiras documentações”, disse o diretor-geral da Polícia Federal. “Eu não posso detalhar a natureza dos documentos, mas o que eu posso garantir é que algumas das informações que chegaram corroboram e confirmam aquilo que foi feito na colaboração”, acrescentou.
A PF solicitou ao governo norte-americano dados de contas bancárias tanto de Mauro Cid como de Jair Bolsonaro (PL), bem como documentos e imagens sobre a venda no exterior dos presentes destinados à Presidência da República.
“A delação é um caminho para se buscar provas. E há, sim, ali, caminhos. Há muita consistência, há muitos elementos já apontados, que nos permitem, confrontando com demais elementos já colhidos nos autos, identificar que de fato há consistência”, afirmou.