Caso Dom e Bruno: Mourão diz que se houver mandante do crime é um comerciante
Segundo ele, se for confirmado, o comerciante deve ter se sentido prejudicado com as ações do indigenista
Foto: Fabio Pozzebom Rodrigues/Agência Brasil
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) se pronunciou, na manhã desta segunda-feira (20), sobre as mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, localizados no Vale do Javari, no Amazonas. Para ele, se houver um mandante do assassinato, deve ser um comerciante da região.
Os restos mortais foram localizados após a confissão de um dos suspeitos pelo crime. A confirmação que os corpos eram das vítimas foi feita entre sexta-feira (17) e sábado (18), pelos peritos criminais do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF).
“Ninguém fica feliz com a morte estúpida como a que aconteceu do Bruno e do Dom. Agora, é uma região pobre, Atalaia do Norte é um município de 20 mil habitantes com carências inúmeras, vive de um pequeno comércio, de fundo de participação de município. Essas pessoas aí que assassinaram covardemente os dois são ribeirinhos”, disse Mourão ao chegar no gabinete da Vice-Presidência.
“Vai aparecer se há um mandante. Mas se há um mandante, é um comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação, principalmente do Bruno e não do Dom, né? O Dom entrou de gaiato nessa história, foi dano colateral”, acrescentou.
Ainda segundo ele, o crime deve ter ocorrido após os suspeitos terem ingerido bebida alcóolica. “Isso é um crime que aconteceu num momento quase que de uma emboscada. Um assunto que vinha se arrastando, vamos dizer. Na minha avaliação, deve ter ocorrido no domingo. Domingo essa turma bebe, se embriaga, mesma coisa que acontece aqui na periferia das grandes cidades”, comparou Mourão.
“Aqui em Brasília, a gente sabe, né? Todo final de semana tem gente que é morta aí à facada, tiro… Das maneiras mais covardes, normalmente fruto de quê? Da bebida, né? Então, a mesma coisa deve ter acontecido lá”, afirmou.