Caso Marielle: defesa de Ronnie Lessa pede ao STF suspensão do júri popular
PM reformado alega que não pode ser acusado de “motivo torpe”
Foto: Reprodução
A defesa do policial militar reformado Ronnie Lessa acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do tribunal do júri, que deve julgá-lo pelo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. O julgamento ainda não foi marcado, e o PM está preso preventivamente.
Ele já teve um recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ocasião, Lessa havia pedido absolvição sumária ou que o caso fosse impedido de ser julgado pelo júri popular. Segundo os advogados, o pedido ao Supremo não pretende paralisar a tramitação completa do processo. A relatoria do caso ficou com a ministra Rosa Weber. O pedido foi protocolado na última terça-feira (7). A defesa quer o impedimento da sessão do júri popular e a anulação da decisão da Justiça que acolheu as circunstâncias qualificadoras dos supostos crimes.
Ronnie, principal acusado pelo crime, alega que não pode ser acusado de “motivo torpe”, uma vez que não se sabe a razão do crime. “Como já exaustivamente demonstrado, as supostas ‘pesquisas’ são oriundas de matérias jornalísticas. Ademais, ter uma posição política diferente da vítima não é suficiente para afirmar que este seja o motivo do crime“, escrevem os advogados Fernando Santana e Bruno Castro da Rocha.