Casos de dengue começam a desacelerar no Brasil
Apesar do movimento de desaceleração, o Ministério da Saúde alerta para necessidade de monitoramento contínuo
Foto: Agência Brasil
Com uma rápida elevação nos números de casos de dengue no Brasil, atingindo a marca de 1 milhão nos primeiros dois meses de 2024, o país começa a testemunhar um declínio em algumas regiões, embora o surto ainda exige cautela. O Ministério da Saúde destacou essa tendência em uma coletiva realizada nesta terça-feira, 12, revelando que o país registra atualmente 1.585.385 casos e 450 mortes pela infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, com outros 849 óbitos em processo de investigação.
A secretária de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, explicou que a curva de casos aumentou rapidamente em alguns estados, como Minas Gerais, mas agora está mostrando sinais de desaceleração nessas áreas. No entanto, ela ressalta a importância de monitorar como a transmissão do vírus evoluirá em outras partes do país nos próximos meses, especialmente diante da ressurgência do sorotipo 3, que não circulava há 15 anos, em algumas localidades.
Até o momento, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo declararam situação de emergência devido à epidemia da doença, com 288 municípios também emitindo tal declaração.
O Ministério da Saúde elaborou uma nota técnica recomendando o uso de testes rápidos para diagnóstico da doença, uma medida importante para identificar casos e iniciar o tratamento adequado dos pacientes, incluindo a hidratação precoce para prevenir complicações.
Quanto à vacinação contra a dengue, o país tem avançado com a distribuição das doses da vacina Qdenga em diversas regiões, priorizando localidades com alta incidência da doença. O Ministério da Saúde adquiriu todo o estoque disponível da vacina para os anos de 2024 e 2025, permitindo a imunização de milhões de pessoas.
Em paralelo, o diálogo com o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) visa expandir a produção de imunizantes contra a dengue para atender à demanda nacional.
A oferta da vacinação, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi direcionada principalmente para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, tornando o Brasil o primeiro país a incluir a vacina no sistema público de saúde.