Censo 2022: um em cada cinco quilombolas vive em unidades de conservação no Brasil
Número representa 21,2% dessa população

Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão
Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que 282 mil quilombolas vivem em unidades de conservação no país. Isso representa 21,2% da população quilombola.
Também residem nessas áreas 132,8 mil indígenas, o equivalente a cerca de 8% da população indígena brasileira.
O levantamento mostra ainda que povos tradicionais que habitam áreas de preservação ambiental enfrentam sérias deficiências em infraestrutura.
Entre os domicílios com ao menos um quilombola, 86% apresentam algum tipo de precariedade no saneamento. No caso dos indígenas, o índice é de 60%. A média geral nas unidades de conservação é de 40%.
Brasileiros em áreas protegidas
Ao todo, cerca de 12 milhões de brasileiros residiam em unidades de conservação em 2022, o que representa quase 6% da população. Naquele ano, o Brasil contava com 2.365 unidades de conservação, sendo que quase metade delas estava habitada.
Essas unidades são áreas instituídas pelo poder público com limites definidos e objetivo de preservar características naturais relevantes.
Elas podem ser criadas pela União, pelos estados ou pelos municípios. As categorias são divididas entre unidades de proteção integral, como parques, reservas biológicas e estações ecológicas, e unidades de uso sustentável, como áreas de proteção ambiental (APAs), florestas e reservas extrativistas.
Distribuição por estado
Os estados de São Paulo, Maranhão e Bahia, além do Distrito Federal, concentram a maior parte da população que vive em unidades de conservação. Juntos, os estados do Nordeste e o DF somam mais de um milhão de habitantes nessas áreas. São Paulo lidera, com quase 2,5 milhões de residentes.