Peritos apontam que Juliana Marins ficou viva por 32 horas após queda em trilha
Peritos apontam que Juliana Marins ficou viva por 32 horas após queda em trilha na Indonésia

Foto: Reprodução/Redes sociais
Peritos que analisaram o corpo de Juliana Marins no Brasil esclareceram nesta sexta-feira (11), que a jovem de 23 anos permaneceu viva por cerca de 32 horas após a primeira queda em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, antes de sofrer o impacto fatal.
A informação foi confirmada pelo legista Reginaldo Franklin, da Polícia Civil, que explicou ter utilizado a presença de larvas no couro cabeludo para calcular a hora aproximada da morte. “Meio-dia do dia 22 (horário da Indonésia) mais 15 minutos: morte de Juliana Marins. Ela permaneceu viva por cerca de 32 horas”, detalhou.
Juliana despencou cerca de 220 metros em sua primeira queda no dia 20 de junho, por volta das 17h (hora local). De acordo com Mariana Marins, irmã da vítima, a jovem deslizou por 61 metros até um paredão de rocha e areia antes de sofrer uma segunda queda que resultou em sua morte. “É uma parede íngreme de rocha e areia. Ela cai do ponto da trilha até um paredão”, explicou Mariana durante a coletiva.
O perito particular Nelson Massini, que também acompanhou o caso, descreveu o falecimento como “uma morte agônica, hemorrágica, sofrida”. O laudo da autópsia no Brasil apontou múltiplas fraturas, incluindo lesões no crânio, costelas e pelve, além de hemorragia interna. “Teve uma fratura grave no fêmur e por isso acabou ficando imóvel antes de morrer”, detalhou Franklin.
Imagens de drone feitas às 6h59 do dia 21 (horário local) registraram Juliana com vida, e ela ainda foi vista por uma turista espanhola às 7h51, momento em que conseguiu gritar por socorro. As equipes de resgate locais chegaram ao local apenas às 19h50, mais de 12 horas depois, e tiveram dificuldades para alcançar o ponto exato onde a jovem estava.
Juliana Marins faleceu em decorrência de politraumatismo e hemorragia interna, segundo a autópsia feita no Brasil, após o translado do corpo. O caso levantou questionamentos sobre os procedimentos de resgate na trilha do vulcão, uma das mais conhecidas da Indonésia, onde o acidente ocorreu.