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Cerca de 60% da população de jumentos no Brasil foi abatida para exportar à China, em 6 anos, revela pesquisa; animal pode entrar em extinção

A pele do jumento é usada para produção de ejiao, um item popular na medicina tradicional chinesa

Por Da Redação
Ás

Cerca de 60% da população de jumentos no Brasil foi abatida para exportar à China, em 6 anos, revela pesquisa; animal pode entrar em extinção

Foto: Frente Nacional de Defesa dos Jumentos/Divulgação

O jumento um dos animais mais tradicionais do Brasil pode entrar extinção no território nacional, apontam especialistas. A população de asininos, grupo de jumentos jegues, burros ou asnos, como são conhecidos regionalmente, registrou uma queda de 62% entre 2017 e 2022.

Segundo dados do o último Censo Agropecuário do IBGE, de 2017 até julho de 2023, cerca de 240 mil asininos foram abatidos em em frigoríficos autorizados pelo Ministério da Agricultura.

A maioria desses abates foram realizados na Bahia. O Piauí e o Ceará são quemk mais exportam os animais para o estado baiano. 

Os abates acontecem com o propósito de suprir a necessidade do mercado chinês por peles de jumento, as quais são usadas na fabricação do ejiao, um produto da medicina tradicional chinesa. O ejiao é produzido a partir do colágeno extraído da pele dos jumentos. Para atender à crescente demanda por esse produto, empresas chinesas têm importado peles de jumentos de países como o Brasil.

A partir de 2017, o abate de equídeos em geral, que engloba asininos, muares (mulas) e equinos (cavalos e éguas), passou a ser regulamentado no Brasil através de um decreto do ex-presidente Michel Temer. No momento, apenas dois estabelecimentos na Bahia estão autorizados a realizar o abate de asininos.

Apesar da regulamentação, defensores dos direitos dos animais alertam que, mantendo o ritmo atual, o abate de jumentos poderá resultar na extinção da espécie no Brasil. Segundo os ativistas, não há cadeia de produção estabelecida. Portanto, o abate ocorre sem reposição, contando com os espécimes que já existem atualmente. 

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